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Prémios Guarda-Rios distinguem Movimento ProTejo pelas boas práticas
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Prémios Guarda-Rios distinguem Movimento ProTejo pelas boas práticas

Prémios destacam comportamentos com preocupações ecológicas na gestão dos rios.

O Movimento ProTejo foi distinguido por boas práticas e o Ministério da Agricultura por más práticas na atribuição dos Prémios Guarda-Rios 2021, que destacam comportamentos com preocupações ecológicas na gestão dos rios e os que são ambientalmente danosos.

Na segunda edição dos prémios, atribuídos pelo Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), “destacam-se o Ministério do Ambiente pelas más práticas e o Movimento ProTejo pelas boas práticas”, informou a organização não-governamental (ONG), em comunicado.

Na votação do público, que contou com 3.316 participações, foi premiado o Projeto da Lousada Guarda Rios, com 39,2% dos votos, por ações sustentáveis, e os Beneficiários do Mira, que contabilizou 28,8% dos votos, como o exemplo oposto.

Na nota divulgada, a ONG realçou que o intuito da iniciativa é distinguir “comportamentos que demonstram preocupações ecológicas na gestão dos rios e o envolvimento das comunidades numa perspetiva de sustentabilidade futura”, assim como chamar a atenção para “práticas danosas aos rios que urge serem alteradas”.

O Movimento ProTejo foi escolhido como exemplo “pelo seu trabalho e ações na proteção da bacia hidrográfica do Tejo, nomeadamente as iniciativas no âmbito do combate à poluição, da promoção de caudais ecológicos contínuos e de uma melhor cooperação entre Portugal e Espanha na gestão transfronteiriça”.

O prémio de más práticas foi atribuído ao Ministério da Agricultura “como chamada de atenção para as consequências ambientais das suas políticas de promoção da expansão da agricultura intensiva e do regadio através de projetos de construção de novas barragens, como é o caso da barragem do Pisão, que causam a destruição dos ecossistemas ribeirinhos, impactando a biodiversidade e a qualidade da água”, refere a coordenadora do Projeto Rios Livres, do GEOTA, Catarina Miranda, citada no mesmo comunicado.

Na votação do público foi ainda atribuída uma menção honrosa ao Projeto Peixes Nativos e uma “menção desonrosa” à Agência Portuguesa do Ambiente.

“O aumento da participação do público, comparativamente à edição anterior, demonstra uma consciência ambiental crescente por parte da população portuguesa, que entende a urgência de proteger os rios portugueses e a sua biodiversidade'', acrescentou Catarina Miranda, do GEOTA.

Os prémios são entregues na Gala Guarda-Rios, prevista para o Dia Mundial da Água, em 01 de outubro.

Agência Lusa