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Ministra preocupada com greves no setor mas confiante num entendimento
LUSA

Ministra preocupada com greves no setor mas confiante num entendimento

Depois da apresentação do OE2022, médicos, enfermeiros, farmacêuticos anunciaram greves para outubro e novembro.

A ministra da Saúde, Marta Temido, defendeu hoje que debatendo com “maior profundidade” o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) com as várias classes profissionais, muitas das razões que as levaram a marcar greves fiquem resolvidas.

“Temos a expectativa de que explicando ao longo dos próximos tempos com maior profundidade as soluções que o Orçamento do Estado para 2022 traz e, naturalmente, esperamos que também no processo parlamentar ele possa ainda ser robustecido, estas questões fiquem ultrapassadas”, afirmou Marta Temido à margem do Congresso Nacional de Saúde Materno-infantil “CMIN Summit’21”, organizado pelo Centro Materno-infantil do Norte (CMIN), no Porto.

Após a apresentação do OE2022, médicos, enfermeiros, técnicos de emergência e farmacêuticos anunciaram greves para outubro e novembro.

A titular da pasta da Saúde referiu que os anúncios das greves trazem três níveis de preocupação, o primeiro dos quais a resposta que é dada às pessoas, nomeadamente o que pode ser posto em causa em termos de atividade assistencial.

O segundo, ressalvou, está relacionado com a motivação dos profissionais de saúde e a forma como estes veem a sua relação de trabalho.

Marta Temido apontou ainda a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), lembrando que essa não é sempre garantida, sendo por isso necessário ter cuidado com as escolhas em cada momento.

Sobre o momento em que as greves das diferentes classes são anunciadas, a ministra da Saúde lembrou que o país atravessou um período especial com a pandemia de covid-19 e que, durante esse tempo, os profissionais de saúde não reclamaram muitas das questões que indicam como problemas que se arrastam há longos anos.

“Portanto, neste momento, é natural que esses problemas venham outra vez para cima da mesa e nós cá estamos para os resolver”, afirmou.

Redação / Agência Lusa

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