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Eutanásia: Oito portugueses foram morrer na Suíça

Eutanásia: Oito portugueses foram morrer na Suíça

O homicídio assistido ainda é crime em Portugal, mas há cidadãos com residência em território português que quiseram morrer na Suíça, entre 2009 a 2020.

A legislação para a eutanásia ainda não foi aprovada em Portugal, o que leva a que muitos portugueses com doenças terminais ou incapacidades permanentes viajem para outros países para pôr termo à vida. É o caso da Suiça. A associação Dignitas, com sede na cidade suiça de Forch,  defende uma "abordagem integrada" quanto ao problema do fim da vida, combinando "cuidados paliativos, prevenção do suicídio", além de apoio psicológico, e que pode terminar na morte medicamente assistida. Entre 2009 e 2020 ajudou a morrer oito pessoas com residência em território português.

A Dignitas relata que um dos casos mais recentes foi o de Luís Marques, 63 anos, em 2020. Luís era paraplégico há 55 e optou por viajar para recorrer à associação e morrer por suicídio assistido, que legalmente lhe era negado em Portugal. 

Na prática, apesar de ser associada à morte medicamente assistida, a associação salientou que é "muito mais abrangente", com base no aconselhamento e na procura de alternativas a uma vida digna e com conforto.

No ano passado, 2021, a Dignitas tinha 26 associados portugueses, o que de acordo com a associação não quer dizer que todos queiram recorrer à morte assistida, dado que alguns são considerados apoiantes da causa. Este é o número mais alto de associados com residência em Portugal desde 2016.

Em 2019, a Dignitas ajudou 256 pessoas de várias nacionalidades a pôr fim à vida, baixando esse número para 221 em 2020 e 212 em 2021.

O parlamento debate hoje (quinta-feira), pela terceira vez, a morte medicamente assistida, com projetos de PS, BE, IL e PAN, sete meses após o segundo veto e sem se saber o que fará Marcelo Rebelo de Sousa.

Redação / Agência Lusa

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