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3ª onda de calor a caminho e prolonga-se até setembro
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3ª onda de calor a caminho e prolonga-se até setembro

Próximas semanas serão muito quentes de acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

As máximas elevadas estão de regresso a partir de sábado, naquela que será a 3ª onda de calor que o país irá viver este verão.

As previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para semanas quentes, pelo menos, até ao final de setembro.  

O presidente do IPMA, Jorge Miguel Miranda, avisa ainda para a falta de chuva que se irá sentir.

 

O Ministério da Administração Interna e o Ministério da Agricultura reuniram-se esta manhã com o IPMA para ficarem a par das previsões para os próximos dias.

José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, antecipa um setembro entre 50 a 60 por cento mais quente em comparação com outros anos.

 

Não está descartada a hipótese de ser decretado um novo estado de alerta para incêndios rurais.

No que se refere ao combate ao incêndio na serra da Estrela, José Luís Carneiro frisou que todos os meios disponíveis têm estado no terreno: "Efetivamente, na serra da Estrela, estão reunidas todas as variáveis de maior complexidade", nomeadamente quanto às temperaturas, à orografia e ao vento.

O governante pediu depois ao presidente do IPMA que explicasse as variáveis que davam a este incêndio características especiais: "Existem fogos que são praticamente não combatíveis. (...) A Serra da Estrela é a zona mais montanhosa que temos (...), mas existem mais zonas do país com as mesmas características. Toda a zona do centro norte tem estado com índices de perigo de incêndio muito elevados desde o princípio da estação. (...) Cada incêndio é um incêndio. A ciência tenta sempre desenvolver meios para saber como vai prolongar-se e como pode ser combatido, (...) mas tenhamos todos sentido das proporções", explicou Jorge Miguel Miranda.

O responsável acrescentou ainda que o país "é frágil perante o desenvolvimento de um incêndio rural, em particular de grandes dimensões e todos os meios são finitos e as pessoas finitas na sua capacidade de atuação": "Ou nós temos uma capacidade de solidariedade entre organizações, pessoas e entre aldeias e vilas que permita que sejamos capazes de passar o período que se avizinha ou vamos ter situações que poderão ser de maior complexidade do que as que tivemos até agora”.

“Estamos a viver um momento muito complicado da história climática da terra", insistiu.

 

Ruben Mateus

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